Tal sombra, surge a meu lado,
está sempre ele disfarçado,
sabendo o que vai acontecer.
Sabe mais do que o fado,
joga com um dado viciado,
esconde a mão de todos os que querem ver.
Perco-me na névoa e nas gotas,
procuro-me em folhas soltas,
encontro-me ao adormecer.
Soturna é a sua casa,
este monstro alado sem uma asa,
que de mim tudo quer ter.
Abro-lhe a porta calmamente,
convido-o a entrar,
pois mais vale amá-lo eternamente
que para sempre o odiar.
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