domingo, 25 de junho de 2017

Ritmos novos

No coração,
não houve ritmo por um momento.
Sempre que surge, em memória,
mística e corpórea,
o toque de tua mão na minha,
dos teus lábios nos meus,
de suspiros partilhados,
no peito os músculos estão parados.

No coração,
bateu num novo ritmo por um momento.
Hoje confesso, foi um novo sentimento,
saber que sonho acordado,
em dormir contigo a meu lado.
Não é algo para fantasiar,
apenas algo que me faz pensar,
pois nesta impossível realidade,
de sonhos perdidos e abandonados,
surge uma nova meta por que lutar.
Agora... valerá a pena batalhar?

No coração,
deixo de pensar por um momento.
Ele está livre pela primeira vez,
não deixando espaço para porquês.
Sinto-me possuído pelo medo
de sentir demasiado e muito cedo.
Contudo, isso não irá acontecer,
sentido só será o merecido,
não me perderei  procurando pensar
em algo tão belo como este apaixonar.

Faz-me rir pensar assim.
Olhar para o espelho e ver-me, a mim,
livre sentindo algo sem pensar,
se será o correto ou se tenho de ir devagar.
Com isto não digo que me sinto mergulhado em paixão,
apenas sei que à indiferença digo não,
deixa-me mostrar-te quem sou debaixo da razão,
sem a máscara de sabichão.
Estas rimas de nada servem para quem quer sentir,
são prova do pensamento a invadir,
da dúvida semeada a surgir,
do medo a conquistar e a dividir.

 Contudo, no coração,
o ritmo ganhou nova vida por um momento.
Não vale a pena fugir, eu já nem tento...

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