Os olhos abrem-se com medo,
a cegueira luminosa desvanece
e provas milenares da força da Terra se mostram diante nós.
Um suspiro profundo chega,
os meus olhos focam no céu a meus pés
e o canto das lindas bestas chega até nós.
Sentados a contemplar falamos.
A conversa flui como um rio invisível,
que acaba por chegar à imensidão do mar.
As águas paradas à nossa frente mentem.
A corrente forte do rio causa-me ânsia,
quero conhecer a bravura da maré!
Eu sonho com ondas...
A cada palavra dita sinto mais o sal,
sinto as lágrimas desse mar, desse tão imenso mar.
O que vai ser de nós?
A memória da nascente eclipsou-se
e o segredo da foz está por desvendar.
Como será chegar ao mar...?
Perder-me-ei de ti?
Ou iremos conhecer o mundo novo?
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