domingo, 25 de março de 2018

Romantismo niilista

É como estar enfeitiçado...
aquele sorriso largo e pintado,
o olhar profundo e desafiante
que me perfura a alma suavemente.

É rir sem medo do ridículo,
é chorar sem medo de sofrer,
é dançar na cozinha enquanto se faz o lanche,
é partilhar uma música que fala o nosso silêncio.

É isto tudo e muito mais,
Amor é olhar, é pensar, é sonhar...
é sobretudo aquilo que é contigo.
Pelo menos é o que eles dizem.

Eu não sei.
O quão inúteis são estas palavras bonitas?
De que serve este romantismo?
Para quê prometer o mundo
se nem um minuto de silêncio conseguimos oferecer?

Eu olho pela janela e penso em ti.
Eu penso nestas palavras bonitas.
Eu penso no mundo que temos para explorar juntos.
Porém, acabo por me perguntar:
quem sou eu afinal para te poder amar?

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